A Caxumba, ou Parotidite Epidêmica, é uma doença infecciosa aguda, causada por um vírus, que acomete , em geral, crianças e adultos jovens, nas épocas mais frias do ano.
Embora a glândula Parótida seja a mais comprometida, daí o nome da doença, outras glândulas salivares, os testículos, os ovários, o pâncreas e o sistema nervoso central, podem ser acometidos.
A doença tem um período de incubação variável, de uma a três semanas, e cerca de sete a dez dias de duração.
A transmissão ocorre pela saliva, gotículas eliminadas pelos espirros e tosse, e objetos de uso compartilhado como copos, talheres, mamadeiras, e já começa a acontecer três a quatro dias antes da instalação da doença, persistindo por até dez dias após o aparecimento da Parotidite.
O curso natural da doença, em geral, é benigno, mas, eventualmente, podem ocorrer complicações neurológicas (Encefalite) ou nos testículos, ou nos ovários, que podem comprometer a fertilidade futura.
A doença, geralmente, confere imunidade por toda a vida, mas existem casos de recorrência, embora pouco comuns.
Há aproximadamente quinze anos foi introduzida no país a vacinação preventiva, que consiste na aplicação, por via injetável, uma suspensão de vírus vivos atenuados, que confere imunidade duradoura na maioria das pessoas, com uma única dose, aplicada em torno de um ano de idade.
Mais recentemente, observou-se que um grupo importante de crianças vacinadas tiveram Caxumba, e o esquema vacinal foi alterado para se incluir uma dose de reforço da vacina aos cinco anos de idade. Esta vacina é aplicada em conjunto com mais dois tipos de vírus para a prevenção contra as doenças Rubéola e Sarampo. É conhecida popularmente com o nome de Tríplice Viral.
Quem não teve a doença quando criança e também não recebeu a vacina, está sujeito a ter a doença em outra época, adolescência, por exemplo, ou durante a gestação, condição absolutamente inoportuna.
Muitos jovens de hoje, com idade acima de quinze anos, podem não ter recebido esta vacina, ou a receberam com um ano de idade, e não fizeram a dose de reforço, mais recentemente recomendada, e isto pode explicar, nos dias atuais, surtos escolares de Caxumba, ou de Sarampo, ou de Rubéola.
Vacinas, sempre fizeram parte de um programa voltado às crianças, de modo que muitos jovens, por muito tempo ficaram excluídos de proteção vacinal, e não digo somente em relação a estas doenças em particular.
A Medicina Preventiva, hoje, se preocupa com o ser humano em todas as idades, e em todas as fases de suas vidas. É necessário, atenção e envolvimento com a saúde para que façamos uso dos recursos disponíveis e não fiquemos à mercê do acaso.
Por uma melhor qualidade de vida, Prevenção é a melhor alternativa
Dr. Alberto Dabori