A Hepatite B é uma infecção grave, que acomete o fígado, responsável por um alto índice de morbidade e mortalidade em todo o mundo, o que a torna um problema de saúde pública.
O agente causal é um vírus extremamente resistente às condições adversas do meio ambiente, sendo passível de transmissão através de agulhas, instrumentos médicos e odontológicos, até mesmo meses após sua contaminação. Seu poder infectante é 100 vezes superior ao HIV, vírus da AIDS.
Pode propagar-se através do contato com sangue e fluidos orgânicos como saliva, esperma, leite humano e disseminar-se de várias formas e através do contato íntimo, por isso considerada Doença Sexualmente Transmissível.
O período de incubação é prolongado, variando de 30 a 180 dias e os primeiros sintomas são inespecíficos, com mal- estar geral, cefaléia e náuseas, mais tarde, urina escura e fezes descoradas. Uma forma comum, assintomática, pode passar despercebida, vindo a manifestar-se somente muitos anos após o contágio, com o fígado já bastante comprometido, sob a forma de Cirrose Hepática, ou de Carcinoma Hepático.
Nesta fase, em que ainda não se tem o diagnóstico da doença, os portadores do vírus, desconhecendo o seu estado, são os possíveis propagadores da doença na comunidade.
Os hábitos alimentares descuidados, com ingestão de alimentos gordurosos, e o consumo de bebidas alcoólicas, contribuem de forma significativa para o agravamento da doença.
Hoje já existem tratamentos consagrados para a Hepatite B, muito eficazes e que exigem muita disciplina para que se consigam os objetivos desejados.
Há, porém, uma forma absolutamente eficaz de se evitar a doença, através da vacinação específica, procedimento este que vem sendo feito com as crianças já em berçário e que deve se estender até a adolescência, antes que se iniciem as atividades sexuais, pelos motivos já expostos.
Todas as pessoas devem se preocupar com a imunização, independente da idade, pois é o único recurso eficaz para se ver livre da doença.
As vacinas são elaboradas por Engenharia Genética, e não trazem o risco de provocar a doença. Os efeitos colaterais são insignificantes e não interferem com as atividades rotineiras.
Prevenir ainda é o melhor remédio.
Dr. Alberto Dabori